Discutir os problemas decorrentes do preconceito racial e religioso, das relações familiares com os idosos e as desigualdades sociais, reflexos da cultura dominante.
Inicialmente,de forma interdisciplinar, integrando as disciplina de
História e Ensino Religioso, fizemos uma discussão sobre a
escravidão no Brasil analisando os fatores politicos, econômicos,
sociais e culturais e os reflexos do processo de miscigenação na
sociedade atual. A partir destas análises foi feito, pelos alunos,
o levantamentos de todas formas de preconceito existentes na
escola, na comunidade, na cidade e no país, o que culminou com a
criação de um cartazes que foram espalhados na escola e
adjacências, com frase alusivas ao fim dos preconceitos. Aliado a
este trabalho, em sala de aula, conjuntamente, os dois professores
discutiram as várias religiões, destacando-se as religiões afro-
brasileiras. Desta discussão foi elaborada uma cartilha com a
sintese de todas as religiões afrobrasileiras, com o objetivos de
se eliminar o preconceito religioso em relação as religiões de
origem africana (candoblé, umbanda, etc). Assistimos os filmes: "o
fazendeiro de Deus, Mandela, Em busca da felicidade". Após quatro
meses de preparação, o trabalho culminou com a discussão do filme
XADREZ DAS CORES. Nesta dia, foi feita uma manhã de cultura afro,
com uma mini feira cultural com artesanatos, danças, musicas,
comidas, celebração religiosa, contação de contos africanos,e uma
mesa redonda onde foi debatido os temas trazido por Xadrez das
cores. Os professores elaboraram um roteiro síntese do filme. Após
a mesa redonda, os alunos encenaram o filme, invertendo os papeis
das personagens, demonstrando que a cor da pele não influencia na
formação ética, moral, religiosa e na cidadania.
Durante o Filme Xadrez das cores, incicialmente, os alunos acharam graça na atitude da velha quando esta dizia: " Oh, neguinha...". Quando as duas começaram a jogar xadrez e a velha branca jogava as pedras pretas do xadrez no lixo, todos começaram a criticar a atitude, Alguns até falaram: " bata com a bengala na cabeça desta velha!". Quando a empregada começou a aprender xadrez, falaram: " agora ela detona a velha!". Entraram em êxtase quando a empregada venceu a velha branca. Outro momento que foi muito comentado, e até mesmo levantado a discussão de que na comunidade existia aquela situação, foi a cena em que as crianças brincavam de atirar uma nas outras e simulavam a morte. Relacionaram com o mundo do tráfico e a miséria do país. Interessante foi um grupo que se propôs a construir tabuleiros de Xadrez e as peças com material reciclável para poderem ensinar as crianças pobres do entorno da escola. Neste ano de 2010, eles estão montando um livro com textos, poemas, acróstico, etc sobre cultura afro, preconceito e os mal-tratos com os idosos no Brasil.
