Relato de atividade em sala de aula

O XADREZ DAS CORES

O Xadrez das Cores
29/11/2007
Ensino Fundamental - Anos Finais
26
Rose Cristina Beluk



Respeitar as diferenças entre pessoas independente de sexo, cultura, etnia, valores, opiniões ou religiões.
Conscientizar-se que a formação de preconceitos trazem implicações e reflexos por várias gerações.
Saber lidar com as diferenças.
Enfatizar que somos agentes principais de nossa história.

Conversa sobre o conhecimento que os alunos possuem do jogo de xadrez; o valor de cada peça; os movimentos. Simulação do jogo. Convite para assistir o filme. Roda de conversa - discussão sobre o filme. Relato de experiências. Leitura da Oração da Menina Preta (Maria Célia Bueno). Relato dos alunos através de desenho, acróstico, texto, cartazes, com os temas : "Qual é a cara do povo brasileiro?" , "Diga não a discriminação", "Como lidar com as diferenças". Interpretação da frase do texto Oração da Menina Preta: "Os brancos, Senhor, me lançam um olhar negro".

Como alguns alunos não conheciam o jogo de xadrez, aproveitei a oportunidade para simular o jogo, enfatizando principalmente a posibilidade de peão se transformar em uma peça importante para ganhar a batalha. Discutimos questões como "Não é certo falar em quem vale mais ou vale memos em função desta ou daquela diferença?", "Todas as pessoas são merecedoras de serem tratadas com dignidade, cada um na sua singularidade". Os alunos relataram que muitas vezes presenciaram cenas de discriminação por adultos, o que reforça que desde o tempo da escravidão esse preconceito já existia e ainda acontece até os dias de hoje. Vale ressaltar que ouve a concordância entre os alunos que não apenas os negros sofrem discriminação, mas também as loiras quando são chamadas de loiras burras, os obesos, os portugueses, os caipiras. Um grande exemplo que serviria para ilustrar seria: quando você chama um branco "- Vem cá, branquinho!" - não cria problema algum. Se você chama um pretinho "- Vem cá, pretinho!" - a confusão está formada. Ao final concluímos que há muito o que fazer para mudar a nossa realidade, não bastando apenas falar, mas precisamos agir, virar o jogo, vencer a batalha, correr atrás, insistir e lutar por nossos ideais para que assim possamos transformar o mundo em que vivemos em um lugar melhor.