Refletir sobre o fato de que o brasileiro prefere o mito da democracia racial e fecha os olhos para a intolerância. Reconhecer que a minoria
branca, dona do dinheiro, dos melhores empregos, das melhores escolas, acha que o Brasil é uma democracia, enquanto a maioria negra e mulata vive uma ditadura racial mal disfarçada.
Através de perguntas dirigidas, foi feito um debate no grande grupo, usando o filme como pano de fundo. Surgiram inúmeras opiniões que foram registradas no quadro negro e posteriormente nos cadernos dos alunos. O grande grupo se dividiu em dois grupos menores e montou-se duas cenas para representar o que foi discutido. Ex.: Em pleno século XXI a sociedade brasileira empurra os negros e seus descendentes para uma realidade muito parecida com a das senzalas. O mercado de trabalho é uma prova do tamanho da desigualdade: os negros ganham, em média, a metade do salário dos brancos; o branco passa mais tempo na escola do que os negros. A diferença é fruto da discriminação no mercado de trabalho. Como a pobreza é muito grande, foi construída a imagem de que os negros são incompetentes, e por isso pobres ou ainda, a imagem da discriminação benéfica,ou seja, o negro é muito bom para o esporte, o carnaval. Assim a questão racial foi maquiada.
Assim como foi mostrado no filme, segundo a patroa, onde as peças pretas do xadrez valem menos do que as peças brancas, no teatro os alunos também no início, atribuiram menor valor ao trabalho dos que faziam o papel dos negros. Representaram uma partida de futebol, os jogadores negros corriam mais, faziam gols, enquanto os brancos não se destacavam no jogo. No final do teatro mostraram que todos, indepentente de cor, etnia, credo, são capazes de pensar, de ascender socialmente, etc.
