No começo era apenas para visualizarem a discriminação racial. Depois de exibir o filme eles perceberam o direito de mudar, sim, mudar para o melhor. Perceberam que não é porque vivemos em uma favela que temos que permanecer na favela; que todos têm direito à mudança (desde que seja oferecida essa mudança) e que,
quando oferecemos oportunidades de mudança a alguém, tudo é possível.
Perceberam que nunca devemos culpar o comportamento das pessoas , afinal elas são aquilo que lhes foi oferecido desde o começo.
Propus uma atividade de solidariedade e companheirismo junto aos alunos, respeito ao amigo que é diferente. Fizemos uma carta de elogios uns aos outros e até a mim foi-me feito pontos negativos e pontos positivos. Foi muito bom!
Eles ficaram pasmos com o racismo. Levantaram a hipótese de que o marido que fez a mulher abortar poderia ser um negro, por isso a raiva contra a empregada negra.
Avaliaram-se e perceberam que as pessoas são todas diferentes dentre tantas igualdades. Concluíram que o racismo é muito injusto, e que, infelizmente, existe sempre... Que as crianças precisam aprender mais respeito, mais coisas boas para serem felizes; que se ele vive na favela(termo usado por eles), tem direito a coisas melhores, bem como, de superar aquilo que é oferecido; que brincar com arma, gera vontade de ter uma e os pais são culpados em dar armas de brinquedos às crianças.
Foi muito bom esse filme, afinal tinha o propósito de abordar o racismo, mas me surpreendi com os relatos e com esse outro lado que ainda não havia pensado.
