Proporcionar material visual e verbal que desperte momentos de reflexão .Levar os alunos a: avaliar situações reais ; trocar informações e idéias sobre os temas tratados no filme; refletir sobre identidades, incluindo identidade africana e herança cultural; reconhecer-se como participante da história. Que eles possam verificar a necessidade de rever pontos de vista e vícios na linguagem, produtos de costumes culturais; repensar a questão do esteriótipo, como o ser vê a si mesmo e acaba por reproduzir o discurso dominante sem questionar. E ainda: que possam perceber que as vivências proporcionam ensinamentos e que a busca pelo conhecimento oferece condições de avaliar, questionar e alimentar o espírito crítico transformar o meio, a realidade.
Após assistirem o filme os alunos iniciaram uma conversa sobre o preconceito racial, contando histórias vividas por alguns, relatando fatos conhecidos, trocando idéias e questionando situações.O grupo escolheu palavras-chave para os temas que surgiram no filme. As palavras escolhidas foram escritas em cartolina e recortadas. Distribuídas na classe, o aluno relacionava a palavra à cena do filme.Enqunato associava palavras e cenas significativas comentando o sentido e o entendimento pessoal de determinada cena, outros alunos acrescentavam detalhes ou discordavam, gerando novos debates.Observamos a linguagem visual do filme, expressões faciais das personagens, simbolismo dos gestos e objetos .Repensamos e avaliamos os vocábulos preconceituosos inseridos na linguagem habitual , questionando o que está automaticamente incorporado ao linguajar popular.Trabalhamos a descrição física e psicológica das personagens.Iniciamos um estudo sobre a cultura afro-brasileira e vocábulos de origem africana. O tema sobre os idosos e a situação atual no Brasil , saúde ,dependência,solidão, abandono, o Estatuto do idoso. Outro tema suscitado apartir das reflexões foi a violência urbana e a infância desassistida.
A atividade de maior receptividade por parte da grande maioria foi o jogo de palavras e associações, que gerou vários debates e momentos de descontração e risos.Interessante foi observar a analogia feita com o jogo de xadrez ( durante os recreios vários grupos voltaram a jogar) em que um peão poderia vir a ser rainha. Deram-se conta da possibilidade de mudar a realidade, o esteriótipo. Perceberam que existem possibilidades para transformar e que o tempo de aprender é sempre.Os alunos trouxeram música e letras que tratavam de racismo e formas de preconceito, enriquecendo o trabalho e dividindo conhecimentos.Observamos que a linguagem é também um sintoma dos valores da sociedade , positivos e negativos.Desenhos, poesias, e resenhas críticas foram feitas em aula, apresentando ótimos resultados.Foi gratificante vivenciar este trabalho e observar nosso crescimento.Agradeçemos a oportunidade oferecida a essa escola e a seus alunos!
