Ao trabalhar "O Xadrez das Cores" pretende-se que os alunos:
façam uma análise dos valores morais e éticos e adquiram a sensibilidade para perceber o quanto o preconceito e as diferenças sócias fazem mal à sociedade;
estimulem a capacidade dialógica, a tolerância e a participação
democrática de todos nos vários seguimentos da sociedade.
Desde o replanajamento na unidade escolar, em julho, optamos por trabalhar a cada mês, um dia de leitura, onde toda a escola leria textos e discutiria um determinado assunto. Em agosto o tema foi "Valores - éticos e morais". Então, optei por trabalhar "O XADREZ DAS CORES" por ser um tema atual, muito próximo do nosso cotidiano, e particularmente por eles, os alunos, vivenciarem situações preconceituosas, sejam elas de caráter social, racial, sexual, religiosa, física...A turma escolhida foi o 7º ano "D" por tratar-se de uma turma heterogênea, dinâmica, esforçada, interessada por novidades e que certamente aceitaria a proposta de trabalho apresentada.Antes de assistirmos ao filme levantamos hipóteses e questões que seriam confirmadas ou respondidas após a sessão. Comecei perguntando as cores do jogo de xadrez, o nome e quantidade das peças, quem pode jogar, quem sabia jogar, entre outras.Ao assistirmos ao filme pude perceber que ao mesmo tempo em que riam, refletiam e pensavam e situações já vividas.
Divididos em grupos, pedi para que alguns produzissem textos narrativos e outros criassem textos para um cartaz (propaganda). Como pretendemos (não sei se teremos tempo hábil para tal feito) entrevistar pessoas e fazer o registro através de fotos ou filmagem, elaboramos algumas perguntas:
1. Você já sofreu algum tipo de discriminação?
( ) sim ( ) não
2. Que tipo?
( ) racial ( ) social ( ) sexual ( ) religiosa ( ) física (deficiente/gordo...)
3. Qual foi sua atitude?
( ) respondeu ( ) agrediu ( ) ficou quieto ( ) levou numa boa
( ) ficou triste ( ) refletiu
4. Que conselho você daria para quem o discriminou ou foi discriminado?
5. Diga uma frase ou um pensamento contra o preconceito
Até aqui a experiência foi muito boa e proveitosa. Se conseguirmos fazer o registro iconográfico será sensacional e um grande feito, pois nossa escola está situada em uma das periferias de São Vicente, cuja população é predominantemente de migrantes nordestinos, sem escolaridade, com subempregos, e vícios, dentre tantos o da acomodação.Mais um aspecto: muitas vezes as pessoas são como são porque a vida foi muito dura com elas, como é o caso da Srª. que não teve filhos, por uma opção do marido e acabou por ficar sozinha, tornando-se preconceituosa e amarga.
Obs.: O título deste relatório surgiu da produção textual dos alunos
