Respeitar as diferenças étnico-culturais do seu grupo de convívio e de outros grupos;
Valorizar a cultura de seu grupo de convívio, através de questionamentos sobre as identidades;
Ouvir fatos e experiências vividas, expressando opinião, com clareza e sequência lógica;
Ler textos e compreender o que leu em diferentes tipos de textos;
Demonstrar compreensão do texto através de outras linguagens;
Utilizar a escrita como registro de frases/palavras contextualizadas em situações propostas.
Discussão sobre o tema "Uma questão de cor", a partir de uma História em Quadrinhos da "Turma do Xaxado" (Autor: Cedraz) que trata da associação de profissões a cor das pessoas, a fim de mobilizar os conhecimentos dos alunos. Exibição do curta "O xadrez das cores", questionando-se antes o que sabiam sobre o jogo de xadrez. Conversa sobre o título do filme, as ações das personagens e a questão do preconceito explícito nele tratada, especialmente o tratamento dispensado a personagem negra que era empregada, relacionando o filme à história em quadrinhos lida, que trata de um preconceito implícito. Os principais pontos da conversa foram organizados no quadro.Em grupos, pediu-se que os alunos escolhessem e dramatizassem cenas do filme, explicando o porquê enfatizaram a cena. Ainda em grupos, pediu-se que dramatizassem possíveis reações positivas da personagem negra, diante da discriminação sofrida por ela.Interpretação escrita sobre o filme, avaliando o entedimento sobre o tema proposto, constando as seguintes questões:Como a empregada era tratada pela patroa? Por que a patroa tratava a empregada assim? O que a patroa sentia diante do fato de ter uma empregada negra? Explique. Como a empregada se sentia diante dos comentários e atitudes da patroa? Por que a empregada aceitava o tratamento da patroa? O quê você faria se estivesse no lugar da empregada? Por que a empregada ensinou as crianças a jogar xadrez?
Quando discutimos sobre a história em quadrinhos, os alunos destacaram a questão de cor tratada implicitamente, nas entrelinhas, nas atitudes e associações da cor da pele a profissão de alguém. Mas, ao assistirem o filme, onde o preconceito é tratado sem disfarce, com falas irônicas e humilhante, a reação de todos foi de revolta. Como alguns alunos possuem mães que trabalham como empregadas domésticas, os comentários eram do tipo:"Ai se fosse com minha mãe!!";"Com minha mãe isso não aconteceria!". O grupo nitidamente se posicionou contra a patroa, definindo os papéis de vilão e mocinho. Diante da indignação, a conversa comparando as duas linguagens (o texto escrito e o filme) onde as formas de preconceito são tratadas, os alunos narraram alguns fatos que presenciaram ou viveram. Discutimos as ações das personagens diante da discriminação racial, alguns alunos questionaram sobre o retorno da empregada à casa da patroa que a discriminava e o fato das crianças só brincarem de polícia e ladrão. Foi um momento importante pois discutimos a ética, a solidariedade e as reações afirmativas diante de uma situação de constrangimento e preconceito, além das possibilidades que temos que ter desde crianças para mudar uma condição imposta pela sociedade em que vivemos.Nas dramatizações, percebemos o empenho dos grupos em retratar com fidelidade uma cena do filme, mas percebemos também o constrangimento de alguns alunos, seja em encenar uma ação preconceituosa, seja em sofrer esta ação. Quando discutimos os resultados das encenações, relataram o quanto sentiram "na pele" o preconceito vivido pela heroína do filme. Sem dúvida nenhuma ficaram mais a vontade em encenar a reviravolta da personagem, conforme a reação que eles teriam. Dentre as reações, surgiram queixas as autoridades e pedidos de demissão. A atividade de interpretação escrita foi enriquecedora para avaliar o entedimento sobre o filme e o tema tratado.
