Ao exibir o filme O Xadrez das Cores, busquei apresentar um formato de filmes com os quais a maioria não está acostumada e muitos nem conheciam. Aliei esta exibição a uma série em DVD - o documentário The Last Machine, de Terry Gillian. O filme deveria ainda esquentar a discussão sobre as funções da arte, formatos e sobre como são tratados os temas do cotidiano.
Estamos estudando música brasileira e no terceiro bimestre, quando chegamos aos anos 60, buscamos dar um panorama das artes que mudaram nosso século, entre elas o cinema. Para o estudo de diversas linguagens artísticas do século XX, assistimos o documentário The Last Machine, de Terry Gillian, com a relação homem-máquina e a aceleração do tempo, além da história do cinema. A partir dos documentários de Terry Gillian, estudamos a origem desta arte e sua relação com as invenções que mudaram, aceleraram, o homem moderno.
Em seguida, assistimos o curta O Xadrez das Cores para refletir sobre temas, formatos de exibição e atividades relacionadas com o cotidiano.Com ele foi apresentado o formato de curta-metragem e estimulada a discussão sobre funções ou usos da arte e, ao mesmo tempo, discutimos o racismo e questões sociais.
Na discussão sobre curta- metragem, o assunto tecnologia e comportamento tomou o centro das atenções, questionando-se a nova determinação que proibe o uso de aparelhos celulares em sala de aula. A partir de uma proposta de produção de curtas pelos alunos, elaboramos uma sequência de intervenções no nosso conteúdo para uma oficina de produção de vídeos de 1 minuto, em cooperação com professores de português e história. Assim o projeto tomou dimensões maiores! Em breve realizaremos um encontro com o cineasta Henrique Dídimo, professor da escola de audiovisual da prefeitura de Fortaleza, para explicações sobre video-poesia e produção de video amador. Em sequência, realizaremos a produção de roteiros, filmagem e exibição no projeto Esquinas, com a apresentação de poesias, fanzines, desenhos e dos vídeos produzidos.
O curta O Xadrez das Cores foi exibido para 900 alunos, e em três turmas, as últimas a assistirem, esta discussão tomou forma e ganhou dimensões inesperadas. Em todas as exibições fiz um preâmbulo sobre o que era um curta metragem e sobre funções da arte. Os alunos, na maioria das exibições, aplaudiram, vaiaram, alguns choraram. O silêncio no momento de dramaticidade mais acentuado foi uma resposta agradável e manteve a concentração deles até o fim. A torcida pela empregada ( Por que ela não tem nome professor?) foi grande. A repulsa à patroa foi vingada na vitória do peão que se torna rainha e eles chamaram a atenção para isso. Muitas palmas e vaias nessa hora.
- "Viu? A velha arregalou os olhos! kkkkkkkkkk"
Depois na discussão, rápida porque só tenho 50 min de aula, o assunto curta metragem tomou a cena. Como se faz, porque é curto, e o que é roteiro.
Neste ano fiz um curso de exibidores pela prefeitura de Fortaleza e propus que trabalhássemos pesquisando video-poesia, formato que se aproxima mais dos slides com mensagens que eles conhecem bastante. Daí veio a pergunta sobre a proibição do celular, já que é uma ferramenta ( a câmera fotografica e de video) para arte e muitos possuem...
Sugeri a produção de videos em 1 minuto e toparam. Estamos em fase de pesquisa e o primeiro passo é a palestra do cineasta na escola. Propus a outros professores a idéia e estamos refazendo o plano de trabalho!
